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  • ninapeckenham

Casando aos Vinte e Poucos Anos: O peso da convivência e as brigas

Boa noite, galera!

Muita gente me pede pra falar da vida de casada. Hoje eu decidi falar um pouquinho da convivência e das brigas que são comuns em TODOS os relacionamentos. Principalmente porque eu assumo ser uma briguenta de mão cheia! Sempre tenho que provar meu ponto (não só no casamento!).

Claro que as situações nem sempre são as mesmas... Nem todo mundo é igual e nem todo mundo casa com alguém de outro país, mas acho que existem alguns problemas e lutas que são comuns a todo casamento.

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Eu tenho uma amiga no Brasil que é casada há anos. Ela se casou com a mesma pessoa que namorou por quase dez anos quando eles ainda estavam apaixonados. Quando ela se casou, passou um mês já pensava em se divorciar. Ou seja, o lance de estar feliz ou não, ou se dar bem ou não com o marido não tem nada a ver com quanto tempo vocês namoraram antes porque a vida real começa mesmo quando vocês passam a viver debaixo do mesmo teto.

Essa mesma amiga sempre me disse que os dois primeiros anos de casamento são terríveis e que o sucesso para uma vida a dois bem sucedida é sobreviver aos primeiros dois anos.

Eu enfrentei e enfrento problemas como qualquer casal, mas é perceptível o quanto o relacionamento vai melhorando a cada dia. Não é fácil. É um esforço de ambas as partes e um exercício de paciência diária. É preciso ser humilde, passivo e reconhecer quando está errado (se você for ariana como eu, a tendência é ser ainda mais difícil! HAHAHA!).

Alguns dos principais problemas na convivência a dois são:

- Diferença Cultural

Posso dizer que essa foi a pior. Se quando você casa com alguém da mesma cultura que você, mas de educações, famílias e criações diferentes já é difícil imagine tudo isso somado com a diferença cultural.

Os valores são outros, as prioridades são outras, o valor que se dá a família e ao trabalho é outro.

Basicamente você tem que se moldar ao outro numa briga de "quem vai ceder dessa vez" em quase todos os critérios.

- Dinheiro

Uffff! Quem não gosta do seu próprio rico dinheirinho?????

Eu amo!

Quando somos solteiros, ou só namoramos, nosso dinheiro é nosso dinheiro. Você sabe de onde vem e cada centavo pra onde vai e só divide com alguém se quiser.

Demora um tempo no casamento pra ajustar essa parte. Principalmente quando seu parceiro faz mais dinheiro que você...

O ideal é aceitar que quando casamos o dinheiro é do casal, mas que ainda assim cada um pode ter sua liberdade. É para as contas da casa do CASAL, para o carro do CASAL, para a viagem do CASAL e para aquele sapato que você tanto amou. É difícil, mas você (ou ele!) vão acabar chegando a essa conclusão. O ideal é que as responsabilidades do CASAL sejam colocadas como prioridade para que um não acabe gastando demais consigo mesmo e ferrando o outro...

- Espaço

Você vai querer explicar que você tem mais roupas, mais sapatos e mais bolsas. Ele vai tentar explicar que precisa de mais espaço para que as camisas não amassem, ou que cada peça de roupa dele é dez vezes maiores que uma sua (meu caso!). Você vai brigar por espaço na cama, no sofá, na mesa. Por quem usa aquela caneca...

O ideal é que alguém sempre ceda e que não seja sempre a mesma pessoa.

Se sempre um dois dois cede e o outro não, o relacionamento estará desequilibrado e uma das partes estará infeliz. Isso não é justo, né?

- Família

É delicado. As coisas que você pensa sobre a família do parceiro e as decisões que ele toma em relação à família dele impactarão diretamente na sua vida e no seu convívio com eles.

As vezes é necessário se calar, as vezes é preciso falar, as vezes você simplesmente finge que não viu, que não ouviu. Tente pensar mil vezes antes de falar alguma coisa. Assim como você não gosta de ouvir críticas negativas sobre sua família, o outro também não. Seja cuidadoso.

A decisão com relação a família que vocês estão construindo juntos cabe obrigatoriamente a um comum acordo entre os dois.

Os filhos, a compra de uma casa, as férias da família. Todo mundo tem que estar de acordo. Ceder de um lado, lutar por outro e fechar com comum acordo no final.

- Coisas Estúpidas

Depois de um dia estressante, tudo vira motivo de confusão: Um sapato fora de lugar, a roupa que o outro esqueceu na secadora, a tampa do vaso aberta. O ideal é que, nessas horas, você olhe pra si mesmo, pese suas atitudes e palavras e pense: "Vai mudar algo na minha vida brigar por causa disso?". Parece uma receita simples, né? Acredite: é uma das mais difíceis e eu venho treinando sempre...

Eu acho bem difícil que um casal viva anos e anos sem cair numa briga às vezes.

As brigas, no meu caso, foram e são motivos de aprendizados para nós dois e tem nos amadurecido MUITO. Claro, nunca faltamos com respeito um com o outro (palavrões e agressões são desnecessários e prejudiciais!) e tentamos ao máximo não levar uma briga por tanto tempo. Brigou, reconheceu o erro, aprendeu, a vida segue... Não vale a pena ficar guardando rancor.

Afinal, se ficarmos toda hora arrumando picuinhas uns com os outros, vai faltar tempo pra se amar... O principal! :)


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